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sábado, 3 de setembro de 2011

OLHARES SOBRE OLHARES

1. Introdução

2. A arte de olhar as imagens

3. Currículo, livro didático e imagens da escravidão

4. Imagens da escravidão: dos artistas viajantes aos livros
didáticos

5. Conclusão

1. Introdução

O estudo das análises de um livro didático requer uma investigação sobre texto, figuras, e sua relação. Cabendo analizar a forma, a origem,o objetivo e o impacto que poderá gerar sobre o leitor, já que a classe é miscigenada.

2. A arte de olhar as imagens

A arte de olhar é muito individual, porque cada pessoa vê a imagem de acordo com sua formação, cultura e idade. Segundo John Berger, nunca olhamos apenas uma coisa, estamos olhando para a relação entre as coisas e nós mesmos. Portanto, quando olhamos uma figura, isso nos remete a alguma lembrança de nossa vida. Reznick concorda quando diz que a memória é seletiva, ou seja, separa o que queremos lembrar ou esquecer. Mirian Leite acrescenta que quando vemos a imagem de um grupo de pessoas, nossa memória seleciona e organiza nossas lembranças ou quando olhamos para um patrimônio histórico, cada pessoa assimila o que isso tem a ver consigo mesma. Mirian diz ainda que ao olharmos uma imagem , o que podemos absorver dela depende de alguns fatores, por exemplo: o conhecimento prévio da cultura ou seu aspecto estudado, o que não podem ser esquecidos.
Quando vemos uma figura temos que questionar o que motivaram sua produção, e o que de fato ela quer nos transmitir. Finalmente, as cores e as técnicas usadas são importantes para o registro histórico.

3. Currículo, livro didático e imagens da escravidão

A imagem é de extrema importância para um melhor entendimento do texto do livro didático de série infantil. Essa necessidade que a criança tem de ver gravuras, é endossada por Ernest Lavisse.
As figuras tornam o livro mais atraente e comercial. E esse procedimento é feito de acordo com a faixa etária.
As gravuras são de grande influência não só para informação, mas para demonstrar as condições absurdas de vida do escravo. Os escravos eram tratados como peça, para trabalhar em prol do seu senhor. Negros e índios eram tidos como pessoas anormais, porque o normal era ser branco.
Muito autores se preocupavam em transmitir informações a respeito da escravidão com abundância de imagens, pois isso daria maior ênfase ao tema, para cativar o leitor. Mas é importante que o texto e as imagens estejam em harmonia.
Mas foi a partir do século XVIII, que a visão da escravatura começou a mudar. Foi chamado o século de ouro, porque alguns escravos conseguiram sua alforria, o que não era de muita valia, pois o preconceito era grande e as oportunidades raras.

4. Imagens da escravidão: dos artistas viajantes aos livros didáticos

As imagens da escravidão gravadas por artistas viajantes em livros didáticos, revelam a capacidade que esses artistas tinham de observar cada obra. Um exemplo: A forma como Debret via os escravos era diferente, porque era influenciado pelo Neoclassismo. Ele procurou retratar a importância do trabalho de cada um.
A Inglaterra que foi a primeira nação a abolir a escravidão, passou o ver o negro como um consumidor e não mais como escravo.
A inauguração da Academia Imperial de Belas artes em 1816, amenizou o preconceito. O Brasil passou a ser visto como o país das artes. Ex. a casa de Bragança no Brasil. Outra citação importante: Em viagem pitoresca, 1835, Rugendas, não se preocupou em mostrar escravidão e sim beleza.

5. Conclusão

Uma foto de escravidão explícita pode de maneira impactante afetar o leitor, pode ser vista como preconceito, discriminação, pendendo do texto anexo, contexto e até da própria formação do leitor.

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